S. Antão Abade
251-355 - monge – protetor açougueiros, agricultores, merceeiros, comerciantes de tecidos, e invocado contra as doenças contagiosas, “Antão” é o mesmo que “Antônio” e significa “aquele que está à frente”, “na vanguarda”.
Natural de Keman, Egito, Antão é chamado “o pai dos monges”, o pioneiro da vida monástica no Oriente. Após a morte dos pais, distribuiu seus bens aos pobres, entregando uma parte da herança à irmã. Após conviver um período com um grupo de ascetas, partiu para o deserto a fim de entregar-se à mais profunda contemplação. Ajuntaram-se a ele muitos discípulos que, sob sua orientação, viviam em pequenas comunidades. Sua vida foi marcada pela luta contra os espíritos malignos, pelos milagres de cura e pela profecia. Era capaz de ler o futuro e ver a distância. Destacou-se também pelas sábias instruções que dirigia aos monges. Segundo ele, a “perfeição não consiste em mortificações, mas no amor de Deus” e que o bom senso é mais importante que a sabedoria dos livros. Dizia também que o diabo “teme o jejum, a oração, a humildade e as boas obras”. Aconselhava aos monges, de tempo em tempo, darem-se ao trabalho manual. Ele próprio costumava tecer esteiras e cultivar um pequeno jardim. Sua vida foi escrita por S. Atanásio, no século IV, que herdou do Santo uma das peles de ovelha que lhe cobria o corpo.
TESTEMUNHAS DE NOSSO TEMPO
Ana Maria Castillo – Militante cristã da Juventude Estudantil Católica, da Ação Católica Universitária Salvadorenha e membro da direção das Forças Populares de Libertação em El Salvador. Lutou por justiça, enfrentando toda sorte de ameaça e repressão, até acabar assassinada em 1981. Silvia Maribel Arriola - Enfermeira, primeira religiosa mártir em uma frente de combate, acompanhando o povo salvadorenho, em 1981. Jaime Restrepo - Sacerdote, mártir da causa dos pobres na Colômbia, em 1988. Abandona o magistério na Universidade Pontifícia e passa a viver na clandestinidade como camponês, até ser abatido à porta da Igreja de San José de Nus com três tiros à queima-roupa.
DA EXIGÊNCIA DA FÉ
Deus, nosso Pai, a nossa vida está segura em vossas mãos.
Ensinai-nos a buscar o que é verdadeiramente importante
para o crescimento humano-espiritual nosso
e das pessoas que conosco vivem, sabidos de que todos
somos ramos nascidos do mesmo tronco.
Todos respiramos do mesmo sopro de vida,
todos haurimos do mesmo alimento, todos precisamos
de um copo de água das fontes eternas.
Jamais nos falte o bom senso, princípio de toda sabedoria.
A humildade, que é a verdade, seja a nosso preocupação.
Ensinai-nos que seguir a Jesus é servir com generosidade
e desinteresse o outro, buscando a simplicidade
de vida e a retidão de espírito.
É ajudando a construir a felicidade do outro
que descobrimos como somos benditos e por vós agraciados.
Possamos compreender que a verdadeira fé nos conduz
à reconciliação conosco mesmos, com as pessoas,
com a natureza e com o Criador de todo o universo. Amém.
Leia os textos de J. Alves