séc. III e IV - mártir. “Luzia” vem de “Lúcia” e quer dizer “aquela que é luzente como a aurora, iluminada”. É invocada contra a cegueira do corpo e da alma.
Luzia ou Lúcia sofreu o martírio em Siracusa, provavelmente durante a perseguição de Diocleciano (sécs. III-IV). Foi uma das santas mais veneradas na Igreja dos primeiros séculos, como indica uma inscrição encontrada nas escavações da catacumba de S. Giovanni: “Eusquia, a irrepreensível, viveu santa e pura cerca de quinze anos; morreu na festa de minha S. Luzia, a qual não pode ser louvada como merece” (Palacin, L., op. cit. p. 193). Segundo as Atas, Luzia pertencia a uma família nobre e rica de Siracusa. Prometida em matrimônio, ela adiou o casamento, pois havia feito voto de consagrar a Deus toda a sua vida. Caindo gravemente enferma a mãe, Luzia levou-a à tumba da S. Águeda. Em virtude da cura obtida, a mãe consentiu que ela se dedicasse à vida religiosa e distribuísse os bens aos pobres. Revoltado com a atitude de sua pretendida, o noivo denunciou-a ao procônsul Pascásio. Ela confessou destemidamente a sua fé. Decidiram, então, expô-la à humilhação pública, mas seu corpo ficou tão pesado que dezenas de homens não puderam arrastá-lo. As chamas também nada puderam contra ela. Por fim, foi decapitada.
Ó Virgem admirável, cheia de firmeza e de constância, que nem as pompas humanas puderam seduzir, nem as promessas, nem as ameaças, nem a força bruta puderam abalar, porque soubeste ser o templo vivo do Divino Espírito Santo. O mundo cristão vos proclamou advogada da luz dos nossos olhos, defendei-nos, pois, de toda moléstia que possa prejudicar a nossa vista. Alcançai-nos a luz sobrenatural da fé, esperança e caridade para que nos desapeguemos das coisas materiais e terrestres e tenhamos a força para vencer o inimigo e assim possamos contemplar-vos na glória celeste. Amém.
DA CURA DE NOSSAS CEGUEIRAS
Deus, nosso Pai, quisestes que S. Luzia
fosse a protetora de todos os sofrem
de algum problema de visão.
A seu exemplo, tornai-nos luminosos pela fé,
e resplandecentes pela esperança.
Libertai os nossos corações da tristeza,
da angústia ou qualquer aflição
que possam obscurecer nossa vida,
fazendo-nos tropeçar a cada passo,
longe de vós, Luz de toda luz, Sol eterno,
Guia certo de nossos destinos incertos...
Curai também, Senhor, a nossa cegueira
quando não quisermos ver as injustiças
e reconhecer os erros que praticamos.
Curai-nos, pois, embora tendo vista,
tantas vezes não enxergamos o bem do próximo,
o bem de todos, mas apenas nossos interesses,
as vantagens próprias, nosso bem menor.
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